windmills by fy

18/09/2014

DEsire – unlimeted daimon

Filed under: Uncategorized — Fy @ 5:56 AM

 



 

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

23 Comments »

  1. Oi Fy,
    Não sei, eu acho espetacular a visão deleuze-guattari sobre o Desejo, mas eu percebo um leve toque de moralização no texto deste cara. Eu parto do princípio que o Desejo é o lance mais espontâneio da natureza humana. E viajo nas conotações atribuídas por Deleuze. Talvez meu foco esteja mais em compreender os agenciamentos do que conceituar o Desejo ou aprender a sentí-lo… neste papo de ser escravo ou vice-versa.
    abraço, já tava sentindo falta.
    João Pedro

    Comment by João Pedro — 19/09/2014 @ 3:52 AM

  2. Olá JP! eu sentí a mesma coisa em relação à metamorfose… acho que ele colocou a mesma como algo “a ser atingido” [ bem religiosinho isto ] e não como algo que ocorre naturalmente. – Eu até gostei muito da explicação – mas acho que ele pecou causando esta impressão. – Penso eu que ao contrário … os danos acontecem justamente quando esta metamorfose que é natural é coibida, direcionada e “educada” . Assim como a essência do Desejo… que é desejar . Apenas.

    bj
    Fy

    Comment by Fy — 19/09/2014 @ 4:03 AM

    • Também achei, Fy. Eu acho que o Desejo é uma maquina incansável de produzir fenômenos. Produzindo-os criamos metamorfoses e simultâneamente nos metamorfosiamos também. Somos máquinas desejantes movidas por um inconsciente produtivo, e fazemos jus à definição seja lá qual for a produção. Seja daimon empenado ou daimon borboleta. O desejo assim como o pensamento é um movimento inerente à nossa natureza.

      Muito massa esta ilustradora.

      abraço
      João Pedro

      Comment by João Pedro — 19/09/2014 @ 4:14 AM

  3. Lí o texto e gostei. Volto à noite.
    beijo a todos,
    tio Guz

    Comment by Gustavo — 19/09/2014 @ 8:41 AM

  4. Eu adorei o texto. O que é que você viu de moralismo, João? Ao contrário. A crítica ao cristianismo é perfeita, a descrição do daimon é um tesão, etc Você deve ter implicado com a “essência” do desejo. Mas eu volto amanhã, porque eu não quero pegar trânsito, e te explico. ( esqueceu Espinoza? ele também explica)

    Também achei demais a May Ann, Fy.

    Não falei que consertavam o WordPress?

    beijocas pra todo mundo
    Ju

    Comment by Juliana — 19/09/2014 @ 8:55 AM

    • Consertou mas foi devagar…. o post ainda saiu torto, sem coordenação de espaços, etc… – complicadíssimo ….

      O JP sentiu um lance parecido com o que eu sentí…. Ju – … sabe aquele apelo meio-doutrina… tipo > para alcançar – algum estado impossível: iluminado para os esquisitos…. – vc tem que passar por um algum processo esquizofrênico [ tb impossível : o que mantem os esquisitos sempre na expectativa…. ] e se livrar de sua humanidade.

      Penso que foi isto.

      bj
      Fy

      Comment by Fy — 23/09/2014 @ 11:48 PM

  5. JP, voce não entendeu o lance, amigo. Se não encontrar a essência, o prazer dá conta do fim do desejo. O contrário, hahuaha, quando voce encontra a tal da essência, o prazer é eterno… e o desejo também. o lance é encontrar “a” essência. Aloha.
    TocaYo

    Comment by TocaYo — 19/09/2014 @ 9:39 AM

  6. Olha que bonito:

    “Nas máquinas desejantes tudo funciona ao mesmo tempo, nos hiatos e nas rupturas, nas panes e as falhas, nas intermitências e nos curtos-circuitos, nas distâncias e nos despedaçamentos, numa soma que nunca reúne suas parte em um todo.” (Guattari, 1972)
    Na realidade, o desejo não é dado previamente nem é um movimento que iria de dentro para fora: ele nasce fora, de um encontro ou de um acoplamento.

    Explorador, experimentador, o desejo vai de efeito em efeito ou de afeto em afeto, mobilizando os se­res e as coisas não para si mesmos mas para as singularida­des que eles emitem e que ele destaca. é um processo contínuo de produções simultâneas e imanentes com estados inéditos e estranhos, carregados de intensidades. Assim, pode-se dizer, também, que desejar é passar por devires.

    beijo, menina
    TocaYo

    Comment by TocaYo — 19/09/2014 @ 9:43 AM

    • Funciona mesmo….

      estados inéditos

      intensidades…

      beijo, menino
      Fy

      Comment by Fy — 23/09/2014 @ 11:37 PM

  7. Todas as observações estão corretas e a do TocaYo é a mais legal, encontrar a essência…e com isso perpetuar o desejo. Muito legal, amigo.

    Mas eu fiquei coordenando os sentidos do texto com algo que me parecia familiar e que demorou um pouquinho pra se clarear.

    Á princípio, a intenção da religião ao colocar as penas de pássaro nas asas do anjo e lalalá e tal, segundo a explicação do autor, é a de Territorializar. Estabelecendo fronteiras entre um mundo e outro, adjetivando-os como Bom e Mau.

    Já, um dos melhores termos trazidos por Deleuze/Guattari, e que me agrada muito, é a Desterritorialização. E, claro que podemos pensar a territorialização e a desterritorialização como processos concomitantes, fundamentais para compreender não só as práticas humanas, como a própria evolução.

    Quando abandonamos um determinado território, e nos abrimos para algo novo, é claro que nossa perspectiva se expande, afinal estamos visualizando o ‘além dos muros ou fronteiras’. Inúmeras concepções, maneiras e costumes são abandonados neste antigo território, por não terem sentido em territórios novos. Nossa percepção se transforma, se metamorfoseia. E isto é um processo natural, sem dúvida. O fenômeno da borboleta enfim, o abandono do casulo, pra mim corresponde exatamente a um processo natural de desrritorialização à la Deleuze/Guattari. E me parece que é assim, desta forma contínua e natural que vamos evoluindo em todos os sentidos. Numa constante terrorialização e desterritorialização de perspectivas, ideais, conceitos, à medida que vamos conquistando e rompendo territórios e limites. E claro que não só nossa concepção de Desejo e mesmo seus agenciamentos, entre outras, também vai se transformando.

    beijo a todos
    tio Guz

    Comment by Gustavo — 20/09/2014 @ 5:56 AM

    • Há no desejar autêntico uma potência de metamorfose.

      Comment by duda — 21/09/2014 @ 1:13 AM

    • Hi Guz!

      O fenômeno da borboleta enfim, o abandono do casulo, pra mim corresponde exatamente a um processo natural de desrritorialização à la Deleuze/Guattari.

      Claro! precisamos escrever sobre isto. – Sabe, este pessoalzinho que curte deleuzismos e cia – tem me decepcionado tanto…. – super agarrados e territorializados e fincados em ideologias decoradas … – não vou nem falar superadas…. – e de uma forma “papagaia” … sem nenhum fluxo, nenhuma inovação…. – é território mesmo… fronteirado até por palavrões…. > Se desejar é uma arte, como disse a Bel, desterritorializar … ah…. tb é. – Mais > é uma ferramenta essencial na filosofia que agente gosta tanto.

      bj

      Fy

      Comment by Fy — 23/09/2014 @ 11:36 PM

  8. na penúltima frase leia-se ‘territorialização’.
    êta palavrinha difícil.

    Comment by Gustavo — 20/09/2014 @ 5:58 AM

  9. Boa tarde Windmills, Fy, todos vocês,

    Concordo completamente com o Gustavo. São inúmeras as metamorfoses pelas quais passamos nesta vida. A arte de passar por elas talvez seja esta de abandonar os casulos, as concepções, os costumes, as maneiras. Como somos agarrados a tudo isto! Como resistimos a estes processos naturais de desterritorialização. Conclusão, tornamo-os sofridos, ao invés de curtí-los.
    Sofia Mastrada

    Comment by Sofia Mastrada — 20/09/2014 @ 6:17 AM

  10. Muito bom, Gustavo! Muito bem pensado, ainda mais num momento em que presenciamos pra caramba o quanto nos custa estas entidades políticas ávidas por não perderem sua territorialização. Estancadas. Mijando nas fronteiras… huahauhuaha

    abraço

    Comment by Jorge — 20/09/2014 @ 9:16 AM

    • oi Jorge!

      … nem fale….

      bj
      Fy

      Comment by Fy — 23/09/2014 @ 11:28 PM

  11. Gravuras maravilhosas. Concordo com a Gi sobre a definição do daimon, um tesão! “O daimon é habitante deste espaço que é travessia, meio, devir.” O que nos faz pensar quem somos senão daimons?

    Em relação ao Desejo, fiz uma analogia entre Vontade e Desejo, combinando Deleuze, Kant e Nietzsche. Talvez, como eu, vocês encontrem alguma consistência.

    Se em tudo o que você quiser fazer começar por se perguntar: – Quero fazê-lo um número infinito de vezes? – isso será para você o mais sólido centro de gravidade…. Minha maneira de entender exige estas questões: “Viva de tal modo que você deva DESEJAR reviver, é o dever – pois de todo modo você reviverá. Aquele para quem o esforço é a alegria suprema, que se esforce! Aquele que ama acima de tudo o repouso, que repouse! Aquele que ama acima de tudo se submeter, obedecer e seguir, que obedeça. Mas que saiba onde está sua preferência e não recue diante de nenhum meio. Isso vale a eternidade!

    Esta forma é doce para com aqueles que não acreditam nela: não tem inferno e nem faz ameaças. Essa linha de pensamento, que não é uma representação teórica, mas um pensamento ético, porque opera praticamente uma seleção, é para Deleuze como uma paródia da regra Kantiana ou uma nova e correta formulação da síntese prática. Assim, enquanto o imperativo categórico Kantiano diz: “Age de modo que a máxima de sua vontade possa sempre valer ao mesmo tempo como princípio de uma legislação universal”, ele enuncia a regra prática nietzscheana da seguinte forma: “o que voce quizer ( desejar), queira-o ( deseje-o) de tal modo que também queira seu eterno retorno”.

    Se o pensamento do eterno retorno é seletivo é porque elimina da vontade tudo o que não se adequa a esse pensamento; é porque elimina os “semiquereres”, as meias-vontades, (os quase-desejos) estabelecendo ou restabelecendo a integridade da vontade . Eis o sentido da vontade de potência como vontade afirmativa: seja o que for que se queira (deseje), elevar o que se quer (deseja) à última potência, à enésima potência, que é a potência do eterno retorno. A função do eterno retorno é separar as formas superiores das formas médias, as potências extremas dos estados moderados (mornos), ou melhor criar as formas superiores, as potências extremas fazendo da Vontade ( desejo) uma vontade (Desejo) criadora.

    Coloco então que mesmo sendo natural ao ser humano, Desejar não deixa de ser uma Arte a que se deve dedicar beleza e atenção, além de uma responsabilidade.

    Bel

    Comment by Isabel — 21/09/2014 @ 3:09 AM

    • … elimina os “semiquereres”, as meias-vontades, (os quase-desejos) estabelecendo ou restabelecendo a integridade da vontade.

      – muito perfeito, Bel.

      Como são mesquinhos os semiquereres… as meia-vontades…. os quase-desejos….

      bj
      Fy

      Comment by Fy — 23/09/2014 @ 11:27 PM

  12. “No mistério do Sem-Fim,
    equilibra-se um planeta.
    E, no planeta, um jardim,
    e, no jardim, um canteiro:
    no canteiro, uma violeta,
    e, sobre ela, o dia inteiro,
    entre o planeta e o Sem-Fim,
    a asa de uma borboleta.”

    Cecília Meireles

    Parabéns para Bel pelo comentário.
    Marianne

    Comment by Marianne — 21/09/2014 @ 11:55 PM

    • Ah Marianne, como é linda esta poesia da Cecília. Fiquei pensando aqui comigo: No mistério do Desejo – Sem-Fim – equilibra-se um planeta. … – que verdadeiro. isto que eu pensei… hahaha.

      “entre’ o planeta e o Sem-Fim > just an unlimeted daimon .

      bj
      Fy

      Comment by Fy — 23/09/2014 @ 11:25 PM

  13. Puxa adorei o blog. Existe alguma forma de contato?

    Comment by Fernando — 27/09/2014 @ 12:45 AM

  14. Ei Fy! Tudo Bem? Ó eu aqui traveiz….rsrs

    Bel: Muito bem colocada a sua analogia.

    Para mim o desejo/vontade pode ser encarado por 2 prismas: universal e individual. Do ponto de vista universal, todo ser humano busca ser feliz, ou seja o desejo/vontade suprema é a felicidade. A individualidade vai diferenciar os modos de busca de cada felicidade, de acordo com os valores, ambientes e sentimentos de cada um. Lógico que a felicidade é uma questão muito subjetiva, portanto, fórmulas mágicas que vemos nas obras de autoajuda não dão conta de nossas verdadeiras necessidades, desejos, sentimentos, enfim tudo que nos define como indivíduos.

    É claro que filósofos, que viveram antes de nós e se debruçaram sobre essas questões, têm muito a colaborar para a nossa busca sincera e racional da felicidade, no entanto, cabe a cada um de nós descobrir o desejo/vontade que será o seu motor propulsor para a felicidade. No meu caso, creio que a felicidade não é uma meta, no sentido de futuro, mas um viver o hoje de maneira mais agradável possível. Assim, o desejo/potência passa a ser a busca da felicidade no momento, de acordo com as circunstâncias envolvidas, sem expectativas, sem cobranças.

    Carpe diem!

    Mais uma música para a coleção…rs…Valeu, Fy!

    Come on, come on, come on
    Get through it
    Come on, come on, come on
    Love’s the greatest thing

    Comment by billy shears — 02/11/2014 @ 12:47 PM

  15. Hi Billy! travez, nada > a casa é sua ! … e o som também. – Saudades ! super sem inspiração, com esta bagunça brasileira toda…. – se vc ou alguem quiser postar > me envia por email > vc é sempre bem vindo !

    bj
    Fy

    Comment by Fy — 09/11/2014 @ 11:14 AM


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