desmontam-se mecanismos , compõem-se ordens e lógicas adversas ,
em dia colocam-se as conversas , os versos , os universos …
todo o dia é dia de tudo e dia de nada . . .
– com uma urgência danada !
A cada minuto que passa , novas pessoas assinam a Internet , novos computadores se interconectam , novas informações são injetadas na rede .
Quanto mais o ciberespaço se estende , mais universal se torna , menos totalizável o mundo informacional se torna .
O universal da cybercultura está tão desprovido de centro como de linha diretriz .
Está vazio , sem conteúdo . Ou melhor , aceita todos , pois contenta-se com pôr em contato um ponto qualquer com qualquer outro ,
qualquer que seja a carga semântica das entidades postas em relação .
Eu não quero dizer com isso que a universalidade do ciberespaço seja « neutra » ou sem conseqüências ,
pois o fato-mor do processo de interconexão geral já tem e terá ainda mais , no futuro , imensas repercussões na vida econômica , política e cultural .
Esse evento está efetivamente transformando as condições da vida em sociedade .
Trata-se , no entanto , de um universal indeterminado e que tende até a manter sua indeterminação ,
pois cada novo nó da rede de redes em constante extensão pode tornar-se produtor ou emissor de informações novas ,
imprevisíveis , e reorganizar por conta própria parte da conectividade global .
O ciberespaço possui o caráter de sistema dos sistemas mas , por isso mesmo , também é o sistema do caos .
Máxima encarnação da transparência técnica , acolhe , no entanto , devido à sua irreprimível profusão , todas as opacidades do sentido .
Desenha e redesenha a figura de um labirinto móvel , em extensão , sem plano possível , universal ,
um labirinto com o qual o próprio Dédalo não poderia ter sonhado
A cybercultura ou a tradição simultânea
Longe de ser uma subcultura dos fanáticos da rede , a cybercultura exprime uma grande mutação da própria essência da cultura .
Conforme a tese que desenvolvi neste relatório , a chave da cultura do futuro é o conceito de Universal sem totalidade .
Nessa proposição , « o Universal » significa : a presença virtual da humanidade > para si .
O Universal abriga o aqui e agora da espécie , seu ponto de encontro , um aqui e agora paradoxal , sem lugar nem tempo claramente atribuível .
Por exemplo , uma religião universal dirige-se supostamente a todos os homens e os reúne virtualmente em sua revelação , sua escatologia , seus valores .
Da mesma maneira , a ciência exprime supostamente ( e vale por ) o progresso intelectual da totalidade sem homens , sem exclusão .
Os cientistas são os delegados da espécie e os triunfos do conhecimento exato são os da humanidade em seu conjunto .
Da mesma maneira , o horizonte de um ciberespaço que consideramos universalista
é o de interconectar todos os bípedes falantes e fazê-los participar da inteligência coletiva da espécie no seio de um meio onipresente .
De maneira totalmente diferente , a ciência e as religiões universais abrem lugares virtuais onde a humanidade encontra a si mesma .
Embora exercendo uma função análoga , o ciberespaço reúne as pessoas de maneira muito << menos virtual » do que a ciência ou as grandes religiões .
A atividade científica implica cada um e dirige-se a todos pelo intermédio de um sujeito transcendental do conhecimento , no qual cada membro da espécie participa .
A religião agrupa por “ transcendência ”.
Ao contrário , e > para a sua operação em que põe o homem em presença de si , o ciberespaço lança mão de uma tecnologia real , imanente , ao alcance da mão .
– Agora , o que é a totalidade ?
Trata-se , na minha linguagem , da unidade estabilizada do sentido de uma diversidade .
Quer essa unidade ou identidade seja orgânica , dialética , ou complexa , antes do que simples ou mecânica ,
não muda em nada a questão ; trata-se ainda de totalidade , isto é, de um fechamento semântico englobante .
Ora , a cybercultura inventa outra maneira de fazer advir a presença virtual para si do humano > somente impondo uma unidade do sentido .
Essa é a principal tese defendida aqui .
À luz das categorias que acabo de expor , podemos distinguir três grandes etapas da história :
– a das pequenas sociedades fechadas, de cultura oral, que viviam uma totalidade sem Universal ;
– a das sociedades « civilizadas » , imperiais , que usam a escrita , que fizeram surgir um Universal totalizante e ,
– por fim , a da cybercultura , que corresponde à mundialização concreta das sociedades , que inventa um Universal “ sem ” totalidade .
Ressaltemos que os estágios dois e três não fazem desaparecer os que os antecedem , mas relativizam-nos ao acrescentar dimensões suplementares .
Numa primeira época , a humanidade é composta de uma multidão de totalidades culturais dinâmicas ou de « tradições » ,
mentalmente fechadas sobre si , o que evidentemente não impede nem os encontros , nem as influências .
« Os homens » por excelência são os membros da tribo .
São raras as proposições das culturas arcaicas que supostamente concernem a todos os seres humanos sem exceção .
Nem as leis ( nenhum « direito humano » ) , nem os deuses ( nenhuma religião universal ) ,
nem os conhecimentos ( nenhum procedimento de experimentação ou raciocínio reprodutível em toda a parte ) ,
nem as técnicas ( nenhuma rede , nem padrões mundiais ) são universais por construção .
É verdade que o registro estava ausente .
Mas a transmissão cíclica de geração para geração garantia a perenidade no tempo .
As capacidades da memória humana limitavam , no entanto ,
o tamanho do tesouro cultural às lembranças e aos saberes de um grupo de idosos .
Totalidades vivas , porém fechadas , sem Universal .
Numa segunda época , « civilizada » , as condições de comunicação instauradas pela escrita
levam à descoberta prática da universalidade .
A escrita , a seguir o impresso , trazem uma possibilidade de extensão indefinida da memória social .
A abertura universalista efetua-se paralelamente no tempo e no espaço .
O Universal totalizante traduz a inflação dos sinais e a fixação do sentido , a conquista dos territórios e a sujeição dos homens .
O primeiro Universal é imperial , estatal .
Impõe-se sobre a diversidade das culturas .
Tende a cavar uma camada do ser em toda a parte e sempre idêntica , pretensamente independente de nós ou apegada a tal definição abstrata .
Sim , … nossa espécie existirá futuramente como tal .
Encontra-se , comunga dentro de . . . estranhos espaços virtuais : a revelação , o fim dos tempos , a razão , a ciência , o direito…
Do Estado às religiões do livro , das religiões às redes da tecnociência , a universalidade afirma-se e corporifica-se ,
porém , quase sempre pela totalização , pela extensão e pela manutenção de um sentido único .
Ora , a cybercultura , terceiro estágio da evolução , mantém a universalidade ao mesmo tempo em que dissolve a totalidade .
Corresponde ao momento em que nossa espécie , com a planetarização econômica , com a densificação das redes de comunicação e transporte ,
tende a formar apenas uma comunidade mundial , mesmo que essa comunidade seja — e como é! — desigual e conflituosa .
Única de seu gênero no reino animal , a humanidade reúne toda a sua espécie numa única sociedade .
Mas, ao mesmo tempo e paradoxalmente , a unidade do sentido surge , talvez porque começa a realizar-se praticamente , pelo contato e pela interação efetiva .
Noé está voltando feito multidão . Flotilhas espalhadas e dançantes de arcas que abrigam a precariedade de um sentido problemático ,
reflexos confusos de um tudo fugidio, evanescente , conectadas com o universo , as comunidades virtuais constroem
e dissolvem constantemente suas micrototalidades dinâmicas , emergentes , submersas , que derivam entre as correntes cheias de turbilhões do novo dilúvio.
Pesquisa :
Bruno Latour, Nous n’avons jamais été modernes. La Découverte, Paris, 1991.
La société du spectacle de Guy Debord, primeira edição: Buchet-Chastel, Paris, 1967.
Apesar de ainda termos mais 4 longos anos pela frente com o governo Lula-Dilma ,
não podemos desistir de continuar a denunciar os abusos de poder .
Afinal , sabemos que o bolsa-família tem como objetivo primordial o de ” financiar ” votos às custas do trabalhador brasileiro , num português bem claro .
Quem tem emprego de salário mínimo , com jornada de trabalho de 8 horas , está trabalhando em regime de SEMI-ESCRAVIDÃO , só que ainda não se deu conta disto ?
. . . É uma pena que apenas a minoria pensante deste país se faça estas pergunta . . .
Pensando nestas questões , acabei achando por acaso um artigo na internet , escrito porJones de Oliveira Borges ,
Emília, uma boneca de pano de quarenta centímetros costurada pelas mãos de Tia Anastácia , e “ que evoluiu e virou gente ” .
Emília nasceu boneca de pano , de trapo e macela , e ficou sendo a companheira preferida de Narizinho .
… e “ Narizinho vivia a conversar com ela ” …
Apenas esta menção não faz de Emília , até então , nenhuma boneca especial ,
afinal , é fato comum , sempre foi e sempre será , as crianças conversarem com seus brinquedos .
Ao pesquisarmos o imaginário da literatura infantil , percebemos que Monteiro Lobato não inovou ao fazer de uma boneca , um personagem .
A excepcionalidade de Emília tem dia e tem hora marcada .
Ela começa quando Emília começa a falar “de Verdade ” .
O episódio da conquista da fala é fundamental na biografia e no
decorrente fascínio que a boneca exerce sobre nós .
Imperdível é a consulta da boneca com o médico da corte do Princípe Escamado ,
Dr. Caramujo , um dos habitantes do Reino das Águas Claras :
“ Veio a boneca .
O doutor escolheu uma pílula falante e pôs-lhe na boca – Engula de uma vez !
Disse Narizinho ensinando à Emília como se engole pílula . E não faça tanta careta que arrebenta o outro olho .
Emília engoliu a pílula muito bem engolida , e começou a falar no mesmo instante .
A primeira coisa que disse foi : Estou com um horrível gosto de sapo na boca .
E falou , falou , falou e … falou .
Falou tanto que Narizinho , atordoada , disse ao Doutor que era melhor fazê-la vomitar aquela pílula e engolir outra mais fraca .
Não é preciso – explicou o grande médico .
Ela que fale até cansar ! Depois de algumas horas de falação , sossega e fica como toda gente .
Aqui lanço uma pergunta :
Como , [ como analistas ] , podemos nos debruçar sobre esta pérola literária
descrita por Lobato e não nos deixarmos ser arrebatados por ela ?
Sim , esta é a minha proposta , Dr. Caramujo como imagem de uma analista trabalhando a favor da fala .
Libertando a fala de seu silêncio neurótico .
E como Dr. Caramujo opera esta proposta ? Com sua indicação de uma pílula falante .
Palavras e pílulas , pílulas e palavras .
Pílulas que matam as palavras e pílulas que libertam as palavras .
Em tempos atuais de circulação excessiva de pílulas como Prozac , Ritalina , Viagra , Rivotril , Zoloft ,
[ entre outros tipos de entorpecimentos cerebrais] pílulas estas que nos conduzem
para a nova mitologia dominante sobre o universo psíquico :
a mitologia do cérebro com suas dopaminas , serotoninas , neurotransmissores , sinapses ,
desequilíbrios químicos , enfim : a criação do homem neuronal ,
modelo onde as palavras sucumbem à força das pílulas , reencontrar a sabedoria e proposição ética do Dr. Caramujo se faz um alívio .
Esta é a indicação de Dr. Caramujo para Emília : Falar até cansar .
Fazer uso do verbo , apropriar-se da linguagem , libertar a imaginação contida nas palavras .
Não é isto senão o que Freud chamou de Método da Associação Livre ?
Não é este o convite que todo analista faz a seu paciente : falar até cansar ?
Não seria o espaço analítico o lugar privilegiado para a possibilidade de manifestação daquilo que Dr. Caramujo diagnostica como “ fala recolhida ” ?
Proponho imaginar que uma análise se inicia quando um paciente consegue encontrar um analista como Dr. Caramujo ,
que o instiga a ir atrás : produzir , imaginar ou criar modos de dar existência às suas “ falas recolhidas ” .
Porém, não esqueçamos um detalhe .
Outra absoluta preciosidade apontada por Narizinho :
Não se trata apenas de falar , fala comum e ordinária , pois se este fosse o caso , o transplante de língua de papagaio para isto serviria .
Afinal , para onde nos aponta esta imagem “ língua de papagaio ” ?
Repetição – Imitação – Cópia – Eco – Previsibilidade – Recorrência do Mesmo . [ mesmíce ]
Repetir a fala do outro , usar o discurso do outro ao invés da criação do meu discurso , indiscriminação , – serei eu um papagaio do outro ?
Haverá individuação numa língua de papagaio ?
Desindentificação com a Persona , atravessamento do Narcisismo ,
abrir-se para outras “ terras ” e “ reinos ” ainda pouco íntimos de cada um ,
dialogar com as figuras da imaginação ou as figuras do outro que nos habitam ?
É Peter Pan que introduz as crianças no Reino das Maravilhas , transportando-as através do pó de Pirlimpimpim :
Aqui , somos fiéis ao método junguiano da Circumambulação :
andar ao redor da imagem ,
traçar paralelos ,
buscar associações ,
encontrar semelhanças ,
tudo em torno da imagem a fim de , como Hillman diz :
“ aumentar o volume da imagem ”
.
Para muitos críticos , Emília é interpretada como sendo Porta-Voz de Monteiro Lobato ,
também ele um intelectual crítico e participante das principais discussões políticas e culturais da primeira metade do século XX .
– Um crítico feroz e arguto , e assim como a boneca , expressava suas posições sem medo e nem papas na língua .
Se faz importante aqui falar um pouco mais da relação entre Lobato e Emília e até lançar a pergunta :
Afinal quem é autor ? Quem é personagem ? Quem é criador , quem é criatura ?
Sobre Emília , Lobato comenta :
– “ ela começou como uma feia boneca de pano , dessas que nas quitandas do interior custavam 200 réis .
Mas , rapidamente foi evoluindo e adquirindo tanta independência que . . . quando lhe perguntaram :
“ – mas o que você é , afinal de contas , Emília ?
Ela respondeu de queixinho empinado : sou a Independência ou Morte !
E é tão independente que nem eu , seu pai , consigo domá-la . ( … ) fez de mim um “ aparelho ” , como se diz em linguagem espírita ( … )
É Emília hoje que me governa , em vez de ser por mim governada . – ”
“ A barca de Gleyre . M.L. ”
Monteiro Lobato se assemelha neste depoimento a algo que Jung descreve em seu texto : “ A relação da psicologia analítica com a obra de arte poética ”
como sendo o processo visionário de criação onde o objeto prevalece sobre o sujeito .
Neste , o autor deixa-se levar pelo texto e seus desdobramentos , não determina qual efeito ou solução para os conflitos .
Para este , a obra traz em si a sua própria forma .
Tudo aquilo que gostaria de acrescentar será recusado , o que não gostaria de aceitar lhe será imposto .
Ao autor : só cabe obedecer e executar , ele está submetido a sua obra , ou , pelo menos : ao lado ,
como uma segunda pessoa que tivesse entrado na esfera de um querer estranho .
Lobato criou Emília ou Emília criou Lobato ?
É esta imprevisibilidade e irreverência de Emília que a colocam num lugar diferenciado dentro do nosso imaginário .
Emília é aquela que através de atitudes novas e ousadas desconstrói e renova símbolos religiosos ou culturais de determinada época .
Nisto ela cumpre sua função de Trickster como formulada por Jung : Emília é um Trickester . > – Anarquista : graças a Deus ! –
O arquétipo do Trickster é a um só tempo , humano e não-humano , costuma pregar peças nos outros através dos truques , ardis ,
da mágica , da sedução e ás vezes da violência – > é aquele a quem é permitido dizer sob a forma de bufão , clown , bobo da corte , as verdades em forma de piadas .
Jung escreveu em seu artigo “ A Psicologia da figura do Trickster ” – que este evolui de um indivíduo psiquicamente inconsciente
até atingir a categoria de um ser socialmente desenvolvido .
Não é este o caso de Emília ?
De boneca inanimada a uma boneca que evoluiu e virou gente ?
E já que nossa nação tornou-se o palco deste banquete de fascínoras e nossa estúpida alienação a “esperança” destes monstros alucinados ,
é conveniente que estejamos , no mínimo . . . , preparados tanto para o que nos espera , quanto para o futuro bovino que espera por nossos filhos : ‘cumpañeros’.
Cría cuervos …
y :
te sacarán los ojos .
por J0ão Bosco Leal :
Como era de se esperar, os hipócritas que hoje governam este país conseguiram seu intento, mostrando que, com sua política socialista paternalista,
conseguem eleger até mesmo Dilma Rousseff, ilustre desconhecida, sem nenhuma experiência administrativa,
que nem mesmo como ex-guerrilheira assumida conseguiu algum destaque, como declarou seu companheiro de armas, o ministro Carlos Minc.
A arrogância de Lula, no entanto, escolheu a dedo sua sucessora, exatamente para mostrar, com isso, ser “o cara” capaz de tudo, inclusive de eleger até um poste,
tamanha a insignificância político eleitoral de Dilma, de quem só se sabe que participou de grupos guerrilheiros armados,
como o Comando de Libertação Nacional (COLINA) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR Palmares),
onde, usando vários codinomes, como Estela, Luísa, Maria Lúcia, Marina, Patrícia e Wanda, foi companheira de Carlos Lamarca, um desertor assassino.
Em pesquisas na internet, nota-se que, como guerrilheira, seu maior trunfo talvez tenha sido a participação no roubo, em 18 de junho de 1969,
na cidade do Rio de Janeiro, de um cofre pertencente ao ex-governador de São Paulo, Ademar de Barros, de onde forfam subtraídos 2,5 milhões de dólares,
na ação mais espetacular e rentável de toda a luta armada.
Mesmo assim, essa ação teve um resultado discutível, pois até hoje não ficou claro, nem mesmo para os participantes dos grupos armados,
onde foi parar todo esse dinheiro, o que em nada difere do que vemos hoje na Casa Civil, onde foi ministra,
ou mesmo em todos os escândalos que já apareceram no governo Lula.
Esse grupo que hoje governa, e que, com essa eleição, continuará governando o país,
é o mesmo de todos os governos incapazes que estão destruindo as economias de nossos vizinhos Bolívia, Paraguai, Venezuela e Equador,
que também já destruiu Cuba, e teve essa sua política planejada e unificada no Foro de São Paulo,
ocorrido na cidade de mesmo nome, em 1990, do qual participaram todos eles e, naquela ocasião, traçaram as estratégias para socializar toda a América Latina e o Caribe.
O país, que teve sua economia organizada nos dois governos anteriores, com muito sacrifício econômico de toda a população,
e que agora começa a colher os frutos desse sacrifício, certamente colocará tudo a perder nas mãos de ex-guerrilheiros cujos grupos,
com ou sem sua participação direta, ceifaram vidas de irmãos brasileiros para implantar um regime já fracassado em diversos países do mundo,
que está fracassando em nossos vizinhos, e tão ruim que foi reconhecido como tal pelo próprio Fidel Castro em recente pronunciamento.
A grande massa populacional do país, onde se condensa o maior número de eleitores, sequer sabe o que é um regime ou outro,
em decorrência de sua ignorância cultural,
fruto de décadas de políticas sem investimento em educação, e continuará assim, analfabeta : pois é asssim que interessa a grupos como esse.
Só ignorante, analfabeta, sem acesso a informações e totalmente dependente do Estado,
vivendo de “bolsas”, “vales” e outros tipos de benesses, essa população continuará votando dessa maneira, em gente despreparada,
incapaz de fazer o país realmente evoluir, crescer, mas cada vez roubando mais e suprindo a população com migalhas.
[ isto foi e é a tática dos Fidel em Cuba ]
É a hipocrisia vencendo a razão e a competência, mantendo o país assim, atrasado, analfabeto e socialista,
permitindo o enriquecimento ilícito de uma pequena elite,
que no passado pegou em armas e matou irmãos, dizendo lutar pelo país e pelos pobres.
Pois é . passamos sim, por um período tão absurdo , que batizei de período ” cínico ” .
Ah . . . – Fomos os palhaços do show : não há ilusão .
Nossas inteligências , pra não falar de atributos mais sofisticados , foi tratada como aquela ” mulher gorda ” do circo : aquela que sobe ao palco
pra ser escarnecida e provocar gargalhadas .
… outro dia eu lí , lá no Saindo da Matrix , um petista bastante desrespeitoso … comentando … ou melhor : agredindo …
ele repetia ” solenemente ” : – AGORA … é a vez dos pobres !
E , imediatamente me perguntei : – e aí Mané ? … depois de 8 anos . . . ” AINDA ” é a vez dos pobres ?
– Não parece estranho ?
Você está sendo pouco efusivo . . . > seu grito esperto está . . . mal – colocado : grite es-per-ta-men-te : – ” CONTINUA ” SENDO A VEZ DOS POBRES ” !
Pois é. – E o que seria do PT se não houvessem pobres …. ? – . . . ?
A prioridade , – os planos deste … partido … é que haja sempre . . . ” pobres ” .
Cada vez ” mais ” . . . : pobres .
Alegremente mantidos . . . pelo ” que ” e pelo ” quanto ” o governo decide que eles ” podem ” comer . ou ” saber ” ou ” dizer ” . Como em Cuba e agora , na Venezuela .
é o seu público : a Ignorância – a Necessidade – a Anti-Cultura ….
A Manutenção da Pobreza .
Todos os despotismos dependem dela e de suas consequências para se instalar e … claro : se manter .
Entregamos a nação para a maior e mais terrível reunião de governantes déspotas e boçais do mundo atual .
Triste isto .
Mas . . . é só o começo.
Voltando ao deseducado comentarista que , sinceramente , agrediu as minhas possibilidades em relação à lógica :
– oohhh esperto … perceba : – é a 3ª vez dos pobres …. e isto inviabiliza o uso da expessão ” agora ” .
Oh my …. – Será que é a precariedade da bolsa-família que faz com que os cérebros f a l h e m assim ?
Em Cuba … os cubanos já estão desta forma : abandonando-se .
Quando alguém ” dá um jeitinho ” de comer melhor e volta a sentir o impulso do raciocínio : por efeito de alguma dose mais rica em sais minerais –
. . . nem que seja um lampejo . . . por um breve momento . . . ,
< < < > > > some : > ou fuzilado > ou jogado em alguma jaula . >>>
Afinal , . . . eles tem uma lista de profissões . . . ” permitidas “. Pra que ” raciocinar ” ? [ : jumentos trabalham melhor e com mais eficiência . ]
Com a benção do papai Castro . O exemplo e ídolo do nosso . . . ditador .
Hoje , pela última vez falo de política : e isto enquanto podemos ” ter blogs ” ou falar . Enjoei .
E com o intuito de prestar homenagem a todos os que lutaram pela Democracia : mesmo sabendo que teríamos que ” educá-la > aprimorá-la > exigí-la ” ,
vou colocar um artigo excelente do Reinaldo Azevedo , que foi um herói durante este ” governo lula ” – . . . e que continuará sendo , enquanto puder . . .
… eu não concordo com suas apologias religiosas : mas . . . > elas existem porque ” dentro ” da Democracia , a mesma razão pela qual , posso e discordo .
o TocaYo : que junto comigo foi autor de cada texto sobre … política … , o Acid do SDM que também não poupou fôlego e inteligência , entre outros . . .
A todos meus parabéns pela lucidez , pela perspectiva e sobretudo pelo amor à Dignidade e ao Brasil .
– Pra quem . . . ainda gosta de ler :
por Reinaldo Azevedo :
– Afinal , o que queremos ?
Leia editorial do Estadão :
Encerra-se hoje a mais longa campanha eleitoral de que se tem notícia no País , e certamente em todo o mundo :
oito anos de palanque na obstinada perseguição de um projeto de poder populista assentado sobre o carisma e a popularidade de um presidente que ,
se por um lado tem um saldo positivo de realizações econômico-sociais a apresentar , por outro lado , desprovido de valores democráticos sólidos ,
coloca em risco a sustentabilidade de suas próprias realizações na medida em que deliberadamente promove a erosão dos fundamentos institucionais republicanos .
Essa é a questão vital sobre a qual deve refletir o eleitor brasileiro , hoje , ao eleger o próximo presidente da República :
até onde o lulismo pode levar o Brasil ?
Quanto tempo esse sentimento generalizado de que hoje se vive materialmente melhor do que antes resistirá às inevitáveis consequências
da voracidade com que o aparelho estatal tem sido privatizado em benefício de interesses sindical-partidários ?
Tudo o que ambicionamos é o pão dos programas assistenciais e do crédito popular farto e o circo das Copas do Mundo e Olimpíada ?
Lamentavelmente , as questões essenciais do País não foram contempladas em profundidade pelo pífio debate político
daquela que foi certamente a mais pobre campanha eleitoral , em termos de conteúdo , de que se tem notícia no Brasil .
Mais uma conquista para a galeria dos “ nunca antes neste país ” do presidente Lula , que nessa matéria fez de tudo .
Deu a largada oficial para a corrida sucessória , mais de dois anos atrás , ao arrogar-se o direito de escolher sozinho a candidata de seu partido .
Deu o tom da campanha , com a imposição da agenda – a comparação entre “ nós e eles ” , entre o “ hoje e ontem ” , entre o “ bem e o mal ” – e com o mau exemplo de seu destempero verbal .
Uma das consequências mais nefastas dessa despolitização que a era lulo-petista tem imposto ao País
como condição para sua perpetuação no poder : é o desinteresse – resultante talvez do desencanto – , ou pelo menos : a indulgência ,
com que muitos brasileiros tendem a considerar a realidade política que vivemos .
A aqueles que acreditam que podem se refugiar na “ neutralidade ” , o antropólogo Roberto DaMatta se dirigiu em sua coluna dessa semana no Caderno 2:
“Você fica neutro quando um presidente da República e um partido que se recusaram a assinar a Constituição
e foram contra o Plano Real usam de todos os recursos do Estado que não lhes pertencem para ganhar o jogo ?
( … ) Será que você não enxerga que o exemplo da neutralidade é fatal quando há uma óbvia ressurgência do velho autoritarismo personalista por meio do lulismo ,
que diz ser a ‘ opinião pública ’ ?
O que você esperava de uma disputa eleitoral no contexto do governo de um partido dito ideológico , mas marcado por escândalos , aloprados e nepotismo ?
Você deixaria de tomar partido , mesmo quando o magistrado supremo do Estado vira um mero cabo eleitoral de uma candidata por ele inventada ?
É válido ser neutro quando o presidente vira dono de uma facção , como disse com precisão habitual FHC ?
Se o time do governo deve sempre vencer porque tem certeza absoluta de que faz o melhor , . . . pra que eleição ? ” ? ? ?
Quatro anos atrás , nesta mesma página editorial , dizíamos que “ as eleições de hoje são o ponto culminante da mais longa campanha eleitoral de que se tem notícia no Brasil .
Desde 1.º de janeiro de 2003 , quando assumiu a Presidência da República , Luiz Inácio Lula da Silva não deixou , um dia sequer , de se dedicar à campanha para a reeleição . [ CASTRISMO : PURO . ]
Tudo o que fez, durante seu governo ( … ) teve por objetivo esticar o mandato por mais quatro anos ”.
Erramos .
O horizonte descortinado por Lula era , já então , muito mais amplo .
Sua ambição está custando à Nação um preço caríssimo que só poderá ser materialmente aferido mais para a frente .
Mas que já se contabiliza em termos éticos , toda vez que o primeiro mandatário do País desmoraliza sua própria investidura e não se dá ao respeito .
Mais uma vez , essa semana , no Rio de Janeiro , respondeu com desfaçatez a uma pergunta sobre o uso eleitoral de inaugurações :
“ Não posso deixar de governar o Brasil ” por conta ” das eleições . ”
[ NÃO É ? . . . QUE BOBAGEM . . . ! ]
Ele : que , em oito anos no poder , só pensou em eleições !
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"...vamos planejar e cumprir nossas fugas do que é morbidamente banal, bem como do que é cronicamente vazio ou brutal. Assim o espírito se ergue em pleno esplendor."
A ciranda das mulheres sábias
Clarissa Pinkola Estés