windmills by fy

30/08/2010

to everyone

Filed under: Uncategorized — Fy @ 4:20 PM

 

 

 

 

 

 

 

Four seasons in one day

Lying in the depths of your imagination

 

Worlds above

                     and

worlds below

 

The sun shines on the black clouds hanging over the domain

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fy

29/08/2010

another queen

Filed under: Uncategorized — Fy @ 4:42 AM

 

 

 

 

 

 

 

 

Despotencializando poderes  mal explicados 

impedimos que uma porção de   “ vilões ” continuem sabotando a Vida .

“ Vilões ” Imaginários , make ups encomendados ,

são ferramentas tendenciosamente planejadas

e  elaboradas  para construir e manter

um controle artificial .

Devem ser derrotadas –

desativadas

para que se possa seguir a voz do coração .

 

 

 

 

 

Quando acreditamos que tudo é tão sério , perdemos o poder de jogar conscientemente com a matrix ,

perdemos a possibilidade de jogar neste jogo e acabamos por nos reduzir muito .

Enquanto estamos transitando por estes canais , nas extensões das nossas próprias Realidades ,

podemos tirar proveito desta situação se tivermos Consciência do modo pelo qual funcionamos ,

utilizando toda energia do próprio meio para criarmos as nossas Realidades com mais Consciência

e principalmente a nosso favor .

A favor dos Homens .

 

 

 

Existe uma imensa Realidade holográfica e um algo além que nós ainda não alcançamos .

É importante estarmos cientes das nossas ilusões

e decidirmos rasgar o véu de uma vez por todas .

Abrindo sempre espaço para que busquemos o que tem antes ou além ,

p o r é m

estando neste Nosso Aqui totalmente dinamizados , no nosso melhor .

 

Isto é ser .   Alguém .

 

 

– another Queen :

 

 

 

Meu show não é um show convencional de rock

Mas uma representação teatral da minha musica

 

 

E como teatro , ele faz perguntas , lhe faz pensar

E lhe leva em uma jornada emocional

Retratando o bem e o mal ,

luz e escuridão ,

alegria e tristeza

redenção e salvação

 

 

Eu não promovo um estilo de vida , apenas descrevo – o

E cabe a audiência julga-lo e tomar suas próprias decisões .

 

 

Isto é o que eu considero    Liberdade de Expressão   e    Liberdade de Pensamento .

 

 

Toda noite antes de subir ao palco eu digo uma oração , não apenas para que meu show corra bem ,

Mas para que a audiência assista – o com Coração e Mente Abertos ,

E o veja como uma celebração de

V i d a 

A m o r

e

H u m a n i d a d e

.

 

 

 

 

 

 –   I’m D O I N G   –

                   Madonna.

 

 

 

 

 

Em Cuba não se pode ter . . .  um blog.

No Irã ela seria apedrejada.

Na Venezuela sumiria . . .

E estes são os modelos do nosso Presidente .

Pense . . .

e só depois :

VOTE .     

 

 

 

Fy

 

 

28/08/2010

O minotauro

Filed under: Uncategorized — Fy @ 5:27 PM

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sophia de Mello Breyner Andresen

 

 

Existem homens e homens .

Existem mulheres e mulheres .

 

Alguns homens , seja onde for ,  nascem Reis .

Algumas mulheres , seja onde for , nascem Rainhas .

Como os Reis e Rainhas deveriam ser .

 este poema  é de uma delas .

 

 

 

 

Em Creta

Onde o Minotauro reina

Banhei-me no mar

 

 

 

Há uma rápida dança que se dança em frente de um touro

Na antiquíssima juventude do dia

 

Nenhuma droga me embriagou me escondeu – me protegeu .

 

 

 Só bebi retsina tendo derramado na terra

a parte que pertence aos deuses

 

 

 

 De Creta

Enfeitei-me de flores e mastiguei o amargo vivo das ervas

Para inteiramente acordada

comungar a terra

 

 

 

 

De Creta

Beijei o chão como Ulisses

Caminhei na luz nua

 Devastada era eu própria como a cidade em ruína

Que ninguém reconstruiu

 

 

Mas no sol dos meus pátios vazios

A fúria reina intacta

E penetra comigo no interior do mar

Porque pertenço à raça daqueles que mergulham de olhos abertos

E reconhecem o abismo pedra a pedra anémona a anémona flor a flor

 

 

 

 

 

 E o mar de Creta por dentro é todo azul

Oferenda incrível de primordial alegria

 

Onde o sombrio Minotauro navega

 

 

Pinturas

ondas

colunas

e planícies

 

Em Creta

Inteiramente acordada

 

atravessei o dia

 

E caminhei no interior dos palácios veementes e vermelhos

palacios sucessivos e roucos

Onde se ergue o respirar da sussurrada treva

E nos fitam pupilas semi-azuis de penumbra e terror

Imanentes ao dia –

 

 

Caminhei no palácio dual de combate e confronto

Onde o Príncipe dos Lírios ergue

os seus gestos matinais

 

 

 nenhuma droga me embriagou

me escondeu – me protegeu

 

 

 

 

O Dionysos que dança comigo na vaga não se vende em nenhum mercado negro

 Mas cresce como flor daqueles cujo ser

Sem cessar se busca e se perde e se desune e se reúne

E esta é

a dança do ser

 

 

 

 

Em Creta

Os muros de tijolo da cidade minóica

São feitos com barro amassado com algas

 

E quando me virei para trás da minha sombra

Vi que era azul

o sol

que tocava o meu ombro

 

 

 

 

 

Em Creta onde o Minotauro reina

atravessei e vaga

 De olhos abertos

inteiramente acordada

Sem drogas e sem filtro

Só vinho bebido em frente da solenidade das coisas –

 

 Porque pertenço à raça daqueles que percorrem o labirinto,

Sem jamais perderem o fio de linho da palavra

.

 

 

 

Ilustrações:

Rassonier 

 

Fy

 

 

26/08/2010

Libertinagem

Filed under: Uncategorized — Fy @ 1:44 PM

 

 

 

 

 

 

 

Pois é , antes de continuar falando sobre a Pele , sobre a Consciência ,

ou sobre a conexão profunda entre o ser e a vida ;

vou falar sobre :  Libertinagem .

 

 

Mas antes , vou escrever rapidamente sobre um outro aspecto da pobreza de espírito ,

além da inveja , da ganância  e da escassa  perspectiva.

Vou falar sobre o Parasitismo .  

 

 

Parasitas são organismos que vivem em associação com outros dos quais retiram os meios para a sua sobrevivência ,

normalmente prejudicando o organismo hospedeiro : um processo conhecido por Parasitismo .

Todas as doenças infecciosas e as infestações dos animais e das plantas

são causadas por seres considerados , em última análise : Parasitas .

O efeito de um Parasita no hospedeiro pode ser mínimo , sem lhe afetar as funções vitais , como é o caso dos piolhos ,

mas pode até poder causar a sua morte , como é o caso de muitos vírus e bactérias patogénicas .

Neste caso extremo , o parasita normalmente morre com o seu hospedeiro ,

mas . . .   em muitos casos , o parasita pode ter-se reproduzido e disseminado os seus descendentes ,

que podem ter infestado outros hospedeiros , perpetuando assim a espécie .

 

 

Volto à esta explicação logo mais .

 

 

Antes , e não sem tempo , imagino o quanto deve  ser  frustrante a incapacidade de inaugurar um caminho próprio .

Ter que caminhar usando estradas construidas por outros , … sempre por outros .

Pior : por outros que se detesta ou que se despreza .

Alem do que , ah . . . é vergonhoso .

Mas isto é tão comum nos fracos e pobres  de espírito ; nos invejosos .

 

 

E os pobres de espírito são sempre muito engraçados ; acabam mesmo virando piada .

E são caras de pau ; ah . . .  tão caras de pau que acabam se estereotipando .

Um de seus mais característicos maneirismos é se desfazer . . .  dos que . . .   fizeram por eles ,  ahahah . 

Ou seja :  caminhar com a mais ridícula cara de pau ,

por caminhos que jamais elaboraram , desfazendo-se  dos verdadeiros criadores .

A pretensão é mesmo hilária .

Pior : é tão comum . . .

 

   

Mas o que se pode esperar de pessoas que confundem  Verdade  com caldo Knorr :

tempera tudo e qualquer coisa , da mesma forma .  Já vem pronto e  embalado .

Gente que repete . É claro .

Gente ” repetida ” .

Ou que acham o tal Pondé um tesão de “filósofo” ?

 

 

Ah , até que jogar fora o legado alheio é nada   quando o caviar filosófico e espiritual  

consiste em queimar e matar pessoas bobas …. :  pessoas . . .  porque são bobas . . . : chacinem .

Mas que apelação !  . . .  é Gesuis ou é Pondé ?

 

 

 

Pois é ,

No meu blog nada se joga fora  porque é : meu .

E é meu mesmo .

E ser meu significa só : fui eu quem construí. 

Desde o comecinho .

Mas ,  isto não significa que , depois de tê-lo feito com o intuito de que outras pessoas aqui deixassem seu parecer ,

suas visões , suas idéias , eu pudesse sequer   “ achar ”  que teria o direito  de jogar alguma coisa fora . [ ? ]

Isto é respeito . Inclusive a mim . À minha intenção . 

Respeito à Liberdade de ter tido a liberdade  de abrir um espaço comum .

 

 

 

 

 

 

 

 

Imagine então a falta de respeito e  de . . .  educação , inclusive , ahahah

afirmar que alguma coisa escrita por qualquer outro alguem . . . qualquer :  

a convite franco e aberto , … ainda de  “ outro ” alguém ,  vamos deixar bem claro ,

possa ser jogada fora !

 

 

 

Não por mim , o que é meu está aqui dentro , no coração , e sempre se renova ,

aqui,  não há verdades que representem mais do que as que estão por chegar ,

Mas . . .  eu gosto , há anos , de ler as pessoas que escreveram por lá .

Adoro que tenham escrito .

De alguma forma são meus amigos . . . . de tempos . 

E respeito , . . . até porque tiveram mais discernimento do que eu .

 

 

Sei que não foi a primeira grosseria , nem será a última , mas . . .  – que grosseria !

E Salve Alexandria !

 

 

Coisas de caronistas .

 

Coisas que eu lí.

Pois é . Me avisaram , e  eu lí.

Lí .

 

 

Mas como o tema é Libertinagem , e embora toda a minha observação acima seja um excelente exemplo ,  

vamos considerar mais um ,   tão exdrúxulo quanto :

 

 

Libertinagem ,

da mais vil e deslavada é afirmar uma monstruosidade desta em um programa de televisão e ser considerado ” filósofo” :

 

 

Para eles . . . [  ” eles ” é qualquer pessoa que tenha um mínimo de consciência e Cultura , . . . claro ] , queimaram-se  milhares de mulheres e homens inteligentíssimos na Idade Média.

A  ” verdade ”  é :  :  :  que provavelmente a maior parte dessas infelizes vítimas era gente boba mesmo .

 

 

–  Vou repetir pra não haver erros:

 

 

 

“A ” verdade “ é que provavelmente a maior parte dessas infelizes vítimas era gente boba mesmo.”

 

Pois é ,

verdade ” .

 

 

Em nome de  ” verdades ”  tão pobres e podres  quanto esta , a desumanidade se instalou .

 

 

 

 

 

 

 

 

Mais libertinagem ainda é dizer que este fulano é filósofo . . . .  ou ” é ” .

 

 

E é claro que esta afirmação não veio de sua  ” telha ”  : de onde será que veio ?

Onde será que ele aprendeu tanto respeito , tanta consideração pela Liberdade …. pelo ser humano  ?

Não é difícel imaginar . . .

 

 

 

E confesso . . .  , que considero  necessário algum raciocínio … 

daqueles bem simples , pincelado com algum retoque de Lucidez .

Alguma , qualquer uma …

qualquer tipo de Lucidez .

Que alíás , costuma ser farta e generosa quando germina em um terreninho livre de ervas daninhas .

 

 

 

Verdades ?

 

 

 

A pretensão é grotesca .

E parasita .

 

 

 

 

 

 

Ilustrações :

a Pretensão alheia

Gravuras :

Gary Fernandez

 

 

  

Fy

20/08/2010

gatos castrados . . .

Filed under: Uncategorized — Fy @ 7:48 AM

 

 

 

 

 

por Manu :

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Chove no Rio de Janeiro. Em casa , cuidando de dois gatos recém castrados , sinto o vento que vem das frestas .

Como eu , não adianta fechar as janelas .

Pelos meus cantos não consigo segurar o tempo que passa , que vaza e escorre .

Tão pouco os pensamentos que mudam e os sonhos que se transformam .

Se não fossem as frestas e o vento , eu seria como pedra .

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A mim pouco importa , considero natural , assim como a chuva num sábado de outono ,

assim como a renovação das nossas ideias ou até mesmo improvisação de última hora no roteiro .

Os gatos castrados ainda não mostraram sinais de mudança de comportamento , mas com certeza mostrarão .

Adão continua namorando a manta do sofá e Dali segue em seu rancor pelo banho do dia anterior .

 

 

Nós três em casa e apenas eu com um fluxo hormonal quase normal .

Não fui castrada

e sinto certa culpa pela futura mudança no temperamento do Adão .

 

 

Se fizessem isso comigo , se acabassem com minhas frestas ,

se alterassem minha química para que eu ficasse socialmente aceitável , seria como virar objeto .

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Castrar para ser domável .

Vedar  para ser : 

irrenovável ,

estável ,

sempre igual .

 

 

 

 

 

 

Pois que já tentei uma vez , confesso , trancar a casa toda , calar a minha boca , fazer de conta que eu era diferente de mim mesma .

Desejei aquele deslizar no andar de quem , mais para embotado do que para estável , julga ser dono de uma paz intransponível .

 

 

 

Vodpod videos no longer available.

 

 

 

Pois que para minha alegria ,

após fracassar inúmeras vezes ,

 

 

 

descobri que bom mesmo é ter a alma escancarada , andando pelada por aí .

 

 

 

 

A  minha  calma  tem  garoa  e  tempestade  , frio  e  calor  , brisa  e  rajada  de  vento  .

 

 

A  minha  calma  é  honesta

e  é  como  é ,  viva  ,  bem  viva  .

 

 

 

Mas os gatos coitados  . . .  o que foi que fiz com eles  !

Acabei com a malandragem do Dalí , com a fúria do Adão ,

com aquela atividade incessante , cheia de vitalidade pela casa .

 

 

 Acabei com os miados chorosos e brincadeiras intermináveis .

Agora   . . .    serão gatinhos comportados

e

vedados

 . 

. . .

 

 

 

 

 

Respirar fundo é minha fresta .

Chove –  e aqui dentro , até que enfim , apesar dos gatos castrados ,

passa um ar , bagunçando os cabelos e todo o coreto .

 

 

 

Fazendo discretamente balançar papéis , sacudindo palavras e movimentando as emoções .

Esvoaçando um passado gasto , brincando de futuro com folhas em branco borboleteando  pelos ares .

 

.

 

 

É assim sempre que chove . . . é assim sempre que me escapa o sopro pelas bordas .

É assim

porque nunca consegui vedar meus olhos e imaginação .

 

 

Mas enfim  . . .  pobres gatos lacrados  . . .

.

 

 

 

 

 

 

Fy

 Texto :

Manu

– um super texto !

 

Ilustrações :

Alberto Cerriteño

Sillas Tobal

 

 

 

 

 

 

 

 

17/08/2010

Skin

Filed under: Uncategorized — Fy @ 9:44 AM

  

    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

do Caio Garrido  –  completando o Skin  –

thanks : que lindo !

 

 

 

  

Isso em você já é metáfora abandonada/ 

 mofos amórficos armazenados no armário/  

afundados no marasmo/ 

lodo petrificado, sem água nem flor de lótus/  

água salgada que mata a terra e não mata a sede de ninguém/  

nem mesmo a sua de matar… infinitamente. 

Nayre 

  

Mundos e peles 

 histórias e geografias do Humano 

que situam o homem como estrangeiro a si . 

  

  

Ao longo do processo civilizatório ,

um estranho …  e destrutivo …  comportamento parece ter sido desenvolvido ,  

culminando nos atuais e ameaçadores níveis , ao Mundo e às Peles . 

 

 

  

Sob o ponto de vista ético , um falseamento de valor  –  em relação a seu próprio valor ,  

teria sido cometido pelo homem . 

Fundamentados na crença do bem e do mal ,  

a adoção de valores falsos e inverdades estaria na gênese da dominação ,

escravidão , humilhação e impotência . 

Neste suposto conjunto excludente estaria ancorada uma Falsa Moral ,

os Preconceitos e as Injustiças . 

Distanciado de si e dos seus valores o homem encontra-se imerso em medo , dor e solidão . 

Neste vazio , desamparado e só , o homem ressentido e rejeitado ,

distorceria os princípios fundamentais do convívio civilizado . 

Nas reflexões acerca da conduta humana , há relevantes contribuições . 

Delimitamos este estudo no pensamento filosófico e em teorias psicológicas , 

para focarmos esta análise ,  – pois não é possível  ignorar os aspectos religiosos : geopolíticos . 

Os estudos realizados evidenciaram advertências

quanto ao ressentimento – que assentaria na gênese  

e posteriormente na dissolução dos valores que são  primordiais ao homem –   

 o propulsor de suas mais aflitivas dores . 

Mia

 

 

Ressentimento . . .  por ser homem . 

Re – sentimento contínuamente reavivado  –  meméticamente implantado  –   

que , vinculado ao sentimento de humilhação e impotência humana ,  

criou repetidos  insucessos provocando  assim ,  

que em cada novo sentir , os sentimentos de impotência e humilhação se repetisem sequencialmente  . 

Um meme .  

–  e a evolução de um meme é quase sempre viral , exponencial e replicante . 

Este meme do sofrer profundo e surdo se concentraria , ampliando as marcas e dores interiores . 

No acúmulo : haveria um transbordamento , um ódio doentio ,  

numa espécie de auto-intoxicação permanente

 

 

 

  

  

  

  

  

A tarefa neste texto não almeja realizar uma re-constituição

dos pressupostos que vieram fundamentar a subjetividade no pensamento moderno ,  

até porque este percurso já está muito bem definido na história do pensamento .  [  e na dos homens . 

  

O exercício do pensamento a que nos propomos quer traçar uma linha

que se inicia no momento em que o Sujeito e/ou a Subjetividade perde a sua forma  

(essência ou substância necessária) e sua síntese de unificação .

 

  

Em lugar deste sujeito destituído ,  

nós teremos os conceitos de subjetividade distribuída ,  

socialmente construída ,  

descentrada ,  

nômade ,  

múltipla ,  

de subjetividade inscrita  

na  

superfície  

do  

corpo  

    . 

  

  

 

  

 Acreditar ? 

 ACREDITAR .   

não em um outro mundo ,  

mas no liame entre o Homem e o Mundo ,  

no Amor ou na Vida , 

  

–  mas    acreditar nisso   como no  

impossível  

no impensável

que  . . .  no entanto  . . .  só pode ser   ” pensado ”   

. . .  

“ Um pouco de Possível . . .  senão sufoco . ”  

Deleuze –  1985 : 221 . 

  

  

  

Finalmente , neste texto , procuramos  utilizar os conceitos deleuzianos ,

sempre  ” alargando ” o que já foi escrito .  

Sabemos perfeitamente que tais caminhos – os que já foram escritos – 

talvez, não passem de fábulas , falsificações ou enganos .  

Mas é o risco que corremos , ao entrarmos nessa filosofia de labirinto . 

  

  

  

  

As palavras de Deleuze , no parágrafo  acima , são um convite .  

 

 

Um   convite   à   P e l e  e  ao  P o s s í v e l . 

 

 

 “ tudo se passa na superfície : em um cristal que não se desenvolve a não ser pelas bordas ” .  

Sem dúvida , não é o mesmo que se dá com um organismo ;  

este não cessa de se recolher em um espaço interior , como de se expandir no espaço exterior ,

de  assimilar    e   de   exteriorizar

  

 

 

 

  

  

 

   

  

  

  

  

o esforço psíquico do sujeito  ” ressentido ”  em : reprimir , sistematicamente  ; 

a descarga de certas emoções e afetos    – [ aquilo que ” lhe ”  afeta ] –   transbordariam ,  

levando ao adoecimento físico ou psíquico de menor ou maior gravidade ,  

chegando em casos extremos , aos desvios de conduta , ruptura social e , no limite , ao terror . 

Mia 

 

 

  

  

As membranas não são aí menos importantes :  

elas carregam os potenciais e regeneram as polaridades ,  

elas põem precisamente em contato o espaço exterior independentemente da distância .

  a musica é um dos muitos afetos do exterior  que atravessam a pele

under & over   

 inside & outside 

  

  

 

  

pra quem tem pele   . . .   

– claro . . .  

   

   

  

   

   

   

   

   

   

   

   

   

   

   

   

   

   

   

   

quem acha que não tem –

ou que o ideal é não ter –  acaba ficando com a pele  “ surda ”  também

entre outras coisas …   surdas . . . como a  “criatividade ”   por exemplo . . .  –  

e acaba tendo que : imitar .  . . . 

imitar e repetir é um vício .

   

 

   

   

Deleuze se preocupou  em criar ou produzir diferentes linhas de pensamentos , 

avançando novos campos, não como repetições de indagações filosóficas passadas , 

mas criando e inventando conceitos .

E nessa direção , observaremos a indicação de uma nova questão-problema : 

Quem vem     ” depois ”    do Sujeito ? 

[ depois . . . que ele  … se desintegrou . . .  em vida  … acho . . .  ]

Depois de sua  “ destituição ”     –  [ dissolução no :  n a d a ] – 

Que vem ?

ou ?

ou  vivemos agora numa zona morta ou em um período de espera ,

” assombrada ”   pela  ” morte ”  [ em vida ]  do Sujeito ? 

 

  

Tendo como problemática inicial tal questão ,  o caminho que se faz é extremamente tortuoso : 

partindo de uma   “ CRISE DA NOÇÃO DO EU  ”  ,  ou seja  ,   do :  Sujeito  , 

para pensarmos – e temos que –  a possibilidade de constituição de outros  “ modos ”  de vida  [ . . .  – menos esquizos ]

ou , mais especificamente , 

Modos de EXISTÊNCIA

  

[ claro que sem resvalar no mimetismo da Via Sacra , ou  na morbidez das coroas de espinho ,

por mais que isto cause delírios em mentes doentes , viciadas e Gibsianas ]

 

 

Isso significa travar uma batalha difícil com a tradição filosófica a partir do século XVII .  

[ mesmo estando em pleno XXI . . . ]

Deleuze não utilizará do conceito de subjetividade tal qual a tradição da filosofia clássica denomina ,

mas tratará agora de heceidade .

 

 

 

A questão é que é preciso buscar em outro lugar a crítica mais radical

e a proposta mais alternativa à imagem convencional da subjetividade .

Neste sentido , o pensamento de Deleuze apresenta-se como um caminho , como uma saída ,

que nos permite pensar a   “ subjetividade ”   numa outra perspectiva:

não mais como idealização , como forma .

 

Diferente disso, ela torna-se produção ativa do ser , composição de forças , nomadismo :

 

 

 

 

 

 Para isso, Deleuze cria , fabrica conceitos que rompem com as modalidades dominantes

de pensar e representar a subjetividade

e que são inseparáveis de novos perceptos  

(  novas maneiras de ver e escutar  )   e de novos afetos   (  novas maneiras de sentir  )   .

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Conceitos como heceidade , impessoalidade , devir ,

rostidade , território , rizoma , dobra , linhas moleculares , linhas de fuga .

 

Assim ,  –  frente a uma idéia de Sujeito ” essencializado ” ,

dotado de uma identidade unitária , privada , estável e fixa ,

[ e eternamente desconhecida ]

ajuda-nos a pensar num território povoado de singularidades pré-individuais  :

intensidades , profundidades , movimentos , sujeitos larvares  …

 

 

 

 

 

  

 

A geração de   “ subjetividades ”   não consiste na demarcação dos limites de um eu ,

enclausurado e interior ,

 

 

[ ou de uma ” alma ” bom – bril : com 1000 e 2 utilidades :  esquisitamente anônima –  endeusada , SELFiada ,

ou como um deus que de repente pulou pra dentro : porque … já tava ficando chato não dar as caras lá fora   

e virou  deus : interior tão ” transparente ” e inatingível quanto era  ” lá ” . . .  no . . . exterior . ]

 

 

 

mas na idéia de que ele é  :   o  ” efeito ”  de uma função ou operação que sempre se produz na exterioridade desse eu .

 

 

O sujeito já não é : uma   unidade – identidade  , mas : é  envoltura , pele ,  fronteira  :   

sua interioridade transborda em contato com o exterior  .

 

 

 

 

 

 

 

 

O conhecimento e a aprendizagem se efetuam pelo engajamento na paisagem

e não pelo distanciamento de um sujeito que a observa desde  e “ do lado de fora ” .

A critica a esta separação entre mente e natureza já aparece no conceito de mente ecológica de Bateson ,

onde o mundo mental não esta limitado pelas fronteiras da pele ,

mas se estende pela totalidade do sistema de relações organismo – ambiente

no qual  os humanos estão necessariamente imersos  mais do que : 

confinados dentro de corpo individuais como se estivessem

contra o mundo da natureza ou fora dele .                   

Bateson –  1972      

 

                                     

Avançando nesta direção, Ingold Também  critica duramente a idéia de ambiente global

enquanto um sentido que não se funda em um contexto relacional

e perde a sintonia sensorial desde o olhar daquele que percebe o mundo.

 

 

 

 A subjetividade não consiste na demarcação dos limites de um  “ Eu ” , enclausurado e interior ,

mas na idéia de que ele é o : efeito de uma função ou operação que sempre se produz na exterioridade desse   “ Eu ”  .

Dessa forma , Deleuze concebe os processos de subjetivação como processo ético e estético ,

que busca produzir modos de existência inéditos .

 

 

 Trabalha neste sentido com o conceito de  “ dobra ”  para explicar esses processos de subjetivação

como modificação daquilo que nos sujeitam , para nos reconstruir com  : outras experiências , com outras delimitações ,

. . . é preciso conseguir dobrar a linha ,

para constituir uma zona vivível onde seja possível alojar-se , enfrentar , apoiar-se , respirar  –   em suma , . . .  pensar . 

Deleuze – 1992 : 138 .

 

 

 

como disse  Nietzsche :      [ sorry , Thomas , ah ah ah ]

 « o eu é uma pluralidade de forças quase personificadas em que , tanto uma , como a outra ganham o aspecto do eu ;

deste lugar , ele contempla as outras forças ,

como um sujeito contempla um objeto que lhe é exterior ; um mundo exterior que o influencia e o determina .

O ponto de subjetividade é móvel  » .

 

Este ponto é fundamental : a subjetividade não deve ser negada , mas assumida como móvel ,

como um tecido  –  um reservatório de pontos móveis , como uma mutação descontínua de lugares .

A Individuação , como diz Barthes , é ao mesmo tempo aquilo que fortifica o sujeito na sua individualidade ,

o seu   «  quant à moi  »   e ao mesmo tempo e no extremo contrário aquilo que desfaz o sujeito porque o : multiplica .

 

 

 

 

 

 

 

 

O movimento da   “dobra ”   tem lugar entre um lado de dentro e um lado de fora

que não equivalem a um interior e a um exterior :  

marcando um território e relações completamente distintas ,

pois a dobra supõe um movimento que incorpora essa categoria do possível ,

 

 precisamente porque a dobra permite  habitar o limite que traça as bordas do que somos ,

permite situar-nos em uma linha instável e arriscada : a linha do lado de fora ,

na qual os contornos do familiar  ( imaginável e representável ) 

diluem-se em contato com o desconhecido   ( intraduzível , irrepresentável ) .

 

 

 

        

O  impessoal significa enfrentar as linhas do lado de fora ,

essa zona de estranhamento intermediária  : que rompe com poderes e saberes :

que definem o que fazemos, o que pensamos e dizemos .

 E desvanecer esses dispositivos é o mesmo que construir novos espaços :

alargar o que somos : dar-nos um novo campo :

uma nova Sensibilidade .

 

 

 

 

 

“ Cada momento passado juntos

era uma celebração , uma Epifania ,

nós os dois sozinhos no mundo .

Tu , tão audaz , mais leve que uma asa ,

descias numa vertigem a escada

a dois e dois , arrastando-me

através de húmidos liláses , aos teu domínios

do outro lado ,   . . .   passando o espelho . ”

 

Arseny Tarkovsky

em :  The Mirror de  Andrei Tarkovsky

 

 

 Ilustrações :

Mitra Mirshahidi

Eric Fortune

Skinner

Pesquisa :

Deleuze and The logic of sense: structure as a problem

Gilles Deleuze

 

 

The Perception of the Environment: Essays in Livelihood, Dwelling and Skill.

Timothy Ingold

London: Routledge. – 2000

 

 

Steps to an Ecology of Mind .

Gregory  Bateson   

Chicago: The University of Chicago Press – 2000

 

 

Arseny Tarkovsky

Nayre

Mia

  

 

Fy

  

  

  

  

 

12/08/2010

a break e … um papo entre mulheres

Filed under: Uncategorized — Fy @ 2:55 AM

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O mais novo da série de vídeos do Story of Stuff Project, lançado em julho último .

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fy

10/08/2010

You can close your eyes . . .

Filed under: Uncategorized — Fy @ 2:44 PM

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pois é ,

Eu acredito , às vezes . . .  – só às vezes –  ,

que  a facilidade em emitir opiniões

– pra cá – pra lá – 

 é  proveniente da falta de conhecimento .

Ou estimulada pelo conhecimento escasso .

 

 

 

 

 

 

O que também não deixa de ser uma economia mesquinha .

Imagine a situação de perplexidade provocada por alguém  que Não reuniu informações suficientes

sobre algum assunto sobre o qual, . . .  gosta de opinar .

Chegam a ser engraçadas , [ depois do primeiro ataque da perplexidade ] , 

as distorções que a pessoa consegue fazer ,

pra que as peças de ” outro ”  jogo , também … desconhecido . . . : mas não importa . . .  ,

” se encaixem ”  em seu discurso !

Acaba ficando esquisito mesmo . . .

 

 

 

… houveram  críticas “ veladas ” ,  sempre veladas . . .   (  entre parênteses ) . . .

à respeito deste mal terrível que consegue caber na palavra  “ ignorância ” ,

estas críticas , lamentávelmente , muitas vezes são emitidas por pessoas

que apenas conhecem a :  “ palavra ” :  ignorância .

Mas que não tem a menor idéia do quanto ela significa .

 

 

 

Entre os assuntos que escolho , tenho insistido sobre a Realidade .

Sobre a Imanência , –  que em termos deleuzianos tem um significado similar ao da Vida .

É claro . . .  que existem pessoas

que hipervalorizam outras formas de estar vivo , diferentes do “ estilo ”  :   –   I’m alive  .

Xiii tem varios :   –  tem  :

–  it’s an ilusion . I’m not real . Nothing is realIt’s our hell . Here is the Hell . Save your soul.

E por aí vai.

 

 

Tem até spa , pra que  almas especiais , … , se entretenham com o gôzo eterno . angelicais , claro .

 

 

Sem dúvida … – “estar vivo ” –   é um estilo . . .   simples  . . . parece banal  . . .  cansativo .

Principalmente pra quem entedeu que a vida é um estorvo incômodo ,

quando não . . .  um . . . escorregão funesto , daqueles . . .  que eu não vou descrever … que é feio ,

e que geralmente acontece

pra quem  sempre   anda  “ olhando pra cima : de olhos fechados ” , dizendo : ó céus …

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

           – sempre me disseram que este lance de Un – Real : não funciona . . .  efetivamente .

 

 

 

 

 

É uma pena …  ,

às vezes me parece que estas pessoas apenas furtam o oxigênio de outras que tentam desesperadamente viver .

… são tantas … pedindo por uma vida … real . simplesmente .

 

Mas olhos fechados . . .  tem suas vantagens , embora o “ nariz ” continue bastante ativo .

usualmente : hiper – ativo .  é a técnica de respiração  :  fucktheworld  – do sagrado método de   magia  :  Un – Real .

 

 

 

Mas . . .

 

 

 

 

 

 

 

e da Vida ,

  

  

  

  

 

E neste frio ele é gostoso bem quentinho , com aquele cheirinho perfumado ,  que quem ainda não foi exumado sente ,

E , como a fila anda , e a Vida é  o que temos no momento ,

… loucos , indiferentes , frustrados ou “ não ” ,

meu convite é um café , e um  ensaio sobre a leitura de Nietzsche por  Deleuze .

Muito interessante , atual ,   e que alicerça com brilhantismo , os perigos da descrença e a desvalorização  … desta nossa Realidade .

Principalmente neste momento  em que corremos o sério risco de sermos engulidos por uma Ditadura – tão Real quanto Boçal . E por mera distração . . .

 

Claro que lembrando sempre  que as interpretações são livres ,

e que certamente haverão as absurdas ,

uma vez que eu já tenha visto construirem  “ rapidinho ”  abismos  like   Riesending : nos vales de Hillman ,     

 e outras mais . . .  – claro que com as devidas imperfeições , ahahahah ,

e a mumificada tendência de denegrir qualquer coisa desta Vida – insultando-a a ponto de lhe negar a realidade .

 

–  mas . . .  , nem mesmo todos os abismos caprichados conseguiram

transformar Hillman num crente fervoroso e temeroso a nenhum deus 

ou “encaixá-lo “ em algum delírio de iluminação …   

–  ou  o célebre  parágrafo  de James Hilman em relação à “ fazer-alma ” em versículos de alguma seita  :

 

 

” Ter visões é fácil .  

A mente nunca cessa de exusudar e transudar a seiva e o sumo da fantasia e de ,

subseqüentemente ,

congelar seu jogo em monumentos paranóicos de eterna verdade . ”    Hillman .

 

Isto porque … não havia um verdadeiro … conhecimento sobre sua obra .

 

” . . . Para ficarmos, nesse momento, apenas com um autor, a descrição que Hillman faz de Gilles Deleuze é quase auto-biográfica .

Fala de si-mesmo ao falar de um outro , como se estivesse diante de um espelho .

Deleuze é  ” um filósofo Francês que eletriza idéias recebidas com escandalosas desconstruções ” ( pág. 64 ) .

Com certeza , isto descreve muito bem o filosofar de Gilles Deleuze ,

que recebe e acolhe as idéias de um determinado pensador da tradição filosófica ,

incluindo Freud e Jung , sem sentir-se constrangido a ter que aceitá-las em bloco ,

permitindo-se dialogar com parte de seu pensamento e , além do mais ,

transformando esse material , dando-lhe novas direções e uma nova carga de sentidos .

Tudo isso descreve , igualmente , o modo de pensar de James Hillman .

– excelente artigo de Carlos Bernardi , colaborador da Rubedo ,

em uma resenha do super –  livro      The Force of Character  and the Lasting Life      por  James Hillman .

  

  

Mas , antes de iniciar este ensaio sobre Deleuze & Nietzsche ,

eu quis “ prefaciar”  abusando um pouquinho de Hillman , Saramago , Jung  , e Fernando Pessoa .

Uma colchinha de retalhos que  “ esquenta ”  .

 

Um café para Saramago , na voz de Carlos Bernardi novamente :

  

 

  

Foi com grande satisfação que pude perceber

com que fidelidade Meirelles transpôs para a tela a riqueza do pensamento de Saramago .

Ali , diante dos meus olhos , estavam as principais imagens e questões imaginadas

pelo nosso grande escritor português e mais do que merecido ganhador de um Nobel de literatura .

 

O filme retrata com precisão toda a angústia e desespero de todos nós

quando somos confrontados com Nossa Cegueira .

Os espectadores são transformados em testemunhas oculares

das piores características dos seres humanos .

Só conseguimos ver

porque enxergamos através dos olhos da única pessoa que é capaz de ver , no filme : uma mulher .

Ela percebe e mostra de maneira inequívoca nossa Total Inconsciência .

Sim , o filme trata de INCONSCIÊNCIA  e não de cegueira ,

embora a associação de cegos dos Estados Unidos , que almeja processar os produtores do filme ,

não tenham “ visto ” que a cegueira aqui é uma METÁFORA .

[ êta costumizinho :   lugar  . . . comummmmmm ] –

. . .  A Consciência Moral , que tantos insensatos têm ofendido e muitos mais renegado ,

é coisa que existe e existiu sempre , não foi uma invenção dos filósofos do Quaternário ,

quando a alma mal passava ainda de um projeto confuso .

Com o andar dos tempos , mais as atividades da convivência e as trocas genéticas ,

acabámos por meter a consciência na cor do sangue ,

[ ou como uma vilã cuja safadeza é NOS ENGANAR ]  –  

e , como se tanto fosse pouco , FIZEMOS DOS OLHOS UMA ESPÉCIE DE ESPELHOS VIRADOS PARA DENTRO .

 

 

Por todos os lados vemos e ouvimos sinais de que as coisas não estão bem, mas somos incapazes de vê-las e ouví-las .

 

 

No fundo, somos incapazes de sentir . Estamos anestesiados .

 

 

 

 

 

um capuccino para Jung :

 

  

Jung   não pensa que os estados de “ dissociação ” sejam causados

apenas pela repressão ou pelo recalque .

Eles também podem ser produzidos por um : 

DESENVOLVIMENTO ANÔMALO DA CONSCIÊNCIA , UMA HIPERTROFIA DA CONSCIÊNCIA .

 

 

Atenção para a palavra  DISSOCIAÇÃO   > 

Perceba o quanto ela é útil para : religões – sistemas de castas – comunismo – etc e talz …

… quem não raciocina – ou se imagina em constante ilusão des-significada  :

atrofia este mecanismo cerebral também conhecido como CONSCIÊNCIA .

 

 

 

 

 

 

Ah … Fernando Pessoa :

 

  

–  OUTRANDO em  Álvaro de Campos ,

Fernando Pessoa nos oferece um esboço do pensamento que o levou a escrever o poema Tabacaria:

O homem , bobo …  da sua inspiração , sombra chinesa da sua ânsia inútil , segue , revoltado e ignóbil ,

servo das mesmas leis químicas no rodar imperturbável da Terra ,

implacavelmente em torno a um astro amarelo , sem esperança , sem sossego ,

sem outro conforto que o abafo das suas ilusões da realidade e a realidade das suas ilusões .

Governa estados , institui leis , levanta guerras ;

deixa de si memórias de batalhas , versos , estátuas e edifícios .

A Terra esfriará sem que isso valha .

Estranho a isso , estranho desde a nascença ,

o sol um dia , se alumiou , deixará de alumiar ; se deu vida , dará a si a morte .

Outros sistemas de astros e satélites darão porventura novas humanidades ;

outras espécies de eternidades fingidas alimentarão almas de outra espécie ;

outras crenças passarão em corredores longínquos da realidade múltipla .

Cristos outros subirão em vão as novas cruzes .

Novas seitas secretas terão na mão os segredos da magia ou da Cabala .

E essa magia será outra , e essa Cabala diferente .

(Pessoa, Fernando, Obra em Prosa, pág. 162).

 

 

 

 

 

e   voltando a Hillman :

  

 A  Psicologia Moderna , afirma Hillman ,  “ teve que   inventar ”  o Inconsciente

com o intuito de lembrar à Consciência

 que ela nunca poderia ser tão branca . . .   

[ no sentido de “pura”  –  transparente . . .  vazia  ]   quanto ela desejava ”

( Hillman, Notes on White Supremacy , pág . 53 ) .

 

 

 

 

 

Alguns trechos de Hillman , de um post que pretendo elaborar nesta sequência  :

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

 

 

  

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um  cafézinho  sempre  desperta  . 

 

 

Alice  Valente

 

 

 

No próximo :  Deleuze & Nietzsche

 

Imagens :

 

Shivita

Café Latte – Paris

Alice Valente

 

Fontes :

The Force of Character  and the Lasting Life  –  James  Hillman

Um Ensaio sobre a  Cegueira  –  José Saramago

Carlos Bernardi

Gilles  Deleuze

Rubedo

 Fy

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

08/08/2010

Exumação Prática com Hamlet – Como desenterrar um bobo ?

Filed under: Uncategorized — Fy @ 12:43 AM

 

por : Marques Patrocínio

 

 

 

 

 

As únicas pessoas  para mim são os loucos .

Loucos para viver , 

loucos para serem salvos .

Desejosos de tudo ao mesmo tempo  .

Aqueles que nunca bocejam  ou usam um  qualquer lugar-comum –

mas queimam    e     incendeiam .

Queimam como só o fogo é capaz .

 E  explodem  . . .  

desenhando aranhas por entre as estrelas .

E bem no meio ,

no centro ,

vemos aquele azul brilhante 

 intenso   . . .

e  toda a gente fixa o olhar ,

abre a boca em espanto

                    e   diz :                      

            ” A h h h h  ”   !  

 

 

 

 

 

 

 MUTANTES    –   Londres

2006     

 

 

 

 

 

 

 

    

 

 

 

                      

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fontes :

Marques Patrocínio

criador do blog  :  http://cultodesophia.wordpress.com/

 

 

by  Fy

 

05/08/2010

as religiões – as fés e seus soldados

Filed under: Uncategorized — Fy @ 5:47 PM

 

 

 

 

 

 

e o que mais se vê

pelos 4 cantos do mundo

são bandeiras e bandeiras

gritando pelos : 

DIREITOS      

   HUMANOS    

 

 

 Não sei se gosto da palavra   “ esquecer ” .

 Eu prefiro antes dizer  :  “ não lembrar ” .

 Assim sei que , algures na memória , está um pedaço de vida importante  .

 Não me quero lembrar dele  ;

 mas prefiro saber que não  o  amputei  da  minha   HISTÓRIA   .

 

 

 

 

Em uma outra ocasião  , há meses atrás , eu disse que  alguns posts tem vida própria .

Eles se originam de uma  primeira idéia  mas derivam e  se desenvolvem pelos caminhos que escolhem .

 

Quando  vi este videocast do Pablo ,

 – eu estava procurando a crítica de um filme que não assisti ainda : Cidade das Sombras –  ,  

 imediatamente compreendi perfeitamente o apelo  ao não –  preconceito, esta doença que só gera – como sempre gerou – ódios e tragédias .

E é uma das principais inimigas da Liberdade .

Uma palavra pobre e mesquinha como  é o sentimento que tenta traduzir .

Achei super oportuno , mesmo não tendo – nunca – ouvido esta gritaria ,  by … este tal Datena .

Afinal …  , o mundo – e eu –  está abalado , com este horror em torno das mulheres no Irã .

E , nós  acabamos de receber no Brasil , um indivíduo que apoia tudo isto além de  negar o Holocausto .

Imediatamente , nos comentários , alguem perguntou : Voce é Atéia ?

Como se qualquer tipo de religião explicasse de alguma forma razoável qualquer barbaridade contra o ser humano .

 

 

O Holocausto foi uma Tragédia Humana , que nossa memória jamais teve, tem , ou terá – teria  , o direito de esquecer quanto mais … de negar.

E não foi a única …

 

Mas não foi uma tragédia religiosa .

Nenhum judeu foi assassinado , durante o nazismo por causa de sua fé .

E este é um engano bastante despropositado .

 

Hitler , aliás, católico, apostólico, cristão e romano , sei lá mais que ,

até se serviu desta sua particularidade pra obter o apoio da Igreja Católica-Cristã ,

[  porque todo o católico é cristão, até onde se sabe ] , no seu fantástico fascínio pela exterminação deste povo .

Isto porque este Fascínio  também pertenceu aos católicos – cristãos  durante os SETE séculos da Inquisição .

Como ? Onde nasceu esta idéia de anti-semitismo ?

Na Antigüidade , seitas eso-téricas conceberam a religião judaica como a religião do demônio

e viam os judeus como os agentes na propagação dessa re-ligião do pecado .

Mas como ?

Pois é ….

 

Afinal de contas , quando se fala de religião , todos tem o direito de falar o que bem entendem ,

porque nessas estranhas seitas existe uma tal de revelação, e ,

o deus de cada uma literalmente aparece e bate um papo “iluminado” com o indivíduo que também … fica  iluminado  .

Este papo , passa a ser uma Lei , e a partir desta Lei que também recebe imediatamente o oportuno adjetivo de  di – vi – na ,

qualquer genocídio ou atentado ao ser-humano é explicável e amplamente justificável . Mais  : isto é   Moral . . .  divina .

 

Então …  , voltando aos judeus e à sua religião que virou a do pecado …

Essa cosmovisão foi resultado de uma crença dualista , isto é ,

em dois poderes criadores do universo : o Bem e o Mal , identificando os judeus com o Mal ,

o que os colocou no papel do mal cósmico e os viu como instrumento do demônio .

Todavia , o momento histórico no qual se entrelaçam pela primeira vez e de forma radical antijudaísmo e anti-semitismo

é na consolidação da visão Paulina . do Paulo , que era Saulo…. parará e talz .

Pois é o “apóstolo” Paulo , que segundo a história , teve uma visão de Jesus , que já estava morto , segundo a mesma historia ,

– “de – repente “ quando resolveu mudar de seita , rá tim bum :  resolveu também que  a revela-ção da Torá  – até então sua obcessão – é uma revelação temporária …  ,

e aqueles que continuam no caminho da Torá após a chegada de Cristo , que é o Jesus ,  são traidores . – Pois é …

transferiu os princípios de sua obcessão .

 

Segundo esse raciocínio , os judeus , ao rejeitarem Cristo como Messias e ao assassiná-lo ,

 transformaram-se em agentes do Mal , no povo deicida .

Ao longo de toda a Idade Média , essa idéia foi desenvolvida e materializada pela Igreja católica cristã , claro .

O tal do Paulo falou … foi conveniente … virou fato indiscutível .

E … religião & religião : … a minha é   ” sempre ”   melhor que a sua ! e cale a boca . !

É de se destacar os cânones adotados no Concílio de Latrão  – 1215 –  que confirmavam a condenação dos judeus à servidão perpétua ,

proibiam sua integração na sociedade com o objetivo de impedir a contaminação dos cristãos ,

obrigavam o uso de signos de diferenciação nas vestes ,

impediam o acesso dos judeus aos cargos administrativos

e os excluíam completamente da agricultura e das corporações .

Essas medidas enraizaram na população um ódio milenar

baseado numa ideologia demonizadora que culpou os judeus e o judaísmo pela morte de Cristo .

 

 Mas  o interessante é que a crucificação era natural na época ,

era uma punição reservada a escravos rebeldes e aos que se opunham ao domínio romano . 

E desta forma, estranhíssima, só a morte de Jesus foi digna de alguma acusação,

a dos outros milhares de crucificados igualmente torturados …  bobagem … … coisa boba . 

Para os gregos, seus deuses estavam sempre no poder.

Para os judeus e para qualquer uma destas chamadas religiões  seu deus ou deuses sempre estiveram no :::  p o d e r .

Elas não deveriam nem discutir entre si , pela obviedade de suas similares opiniões . N’est pas ?  

Na minha opinião : um bando de malucos inconseqüentes , enlouquecidos pela sede do poder .

 

Mas , este “ samadi ” esquisotérico de Paulo , que o fez tornar-se cristão, segundo o que dizem os católicos – cristãos ,

é que serviu de bandeira para que os interesses do império cristão, então em decadência de poderio ,

pudesse assassinar , torturar , arrebentar e queimar  milhares  e milhares de judeus entre outros milhares de seres humanos ,

em nome da fé e claro … da apropriação de seus bens , e do fortalecimento de sua autoridade ,

e tudo em  de nome de deus e de Jesus ,  durante a vergonhosa , miseravelmente assassina : Inquisição .

Que aliás , é tão negada e ou vulgarizada  pelos católicos cristãos quanto o Holocausto o é por  Ahmadinejad .

Sem esquecer as Cruzadas , e os genocídios tremendos em solo norte americano  em nome da fé .

 

 

Etc e talz …  continuando com os judeus , chegamos em  Hitler.

Ah …  mais uma vez a religião trapaceia , tentando “ limpar “ a historia .

Hitler era católico , cristão, apostólico e parará e talz  .

Afirmar que ele era ateu ou verde é sacanear a verdade . [  … ele tem biografia . ]

Pode ter se  envolvido em milhares de outras seitas esquizofrênicas ,

mas valeu-se de ser católico na perseguição dos judeus, como estratégia  junto à Igreja .

Mas era louco !  

[ Como todos os loucos fanáticos que queimavam pessoas , praticavam genocídios de povos inteiros ,

ou amarram bombas no peito de jovens ou apedrejam mulheres , em nome de fés. ]

Absolutamente louco.  

Não tinha o menor interesse na fé dos judeus ,  tinha  em  seus bens… Um verdadeiro repeteco .

 

–  um breve esclarecimento em torno destas mentes :

 

 

– O fanatismo parece surgir de uma estrutura psicótica.

O fato do sujeito se ver como o único que está no lugar de certeza absoluta,

de ” ter sido escolhido por Deus para uma missão ” x ” ,

já constitui sintoma suficiente para muitos psiquiatras diagnosticarem aí uma loucura ou psicose .

Mas , seguindo o raciocínio de Freud , vemos que ” aquilo que o psicótico paranóico vivencia na própria pele ,

o  “ Parafrênico  ” experiência na pele do outro “.

Ou seja , somos levados a supor que o fanatismo está mais para a Parafrenia que para a Paranóia .

Hitler , antes considerado um Paranóico , hoje é mais aceito enquanto Parafrênico ,

pois seus atos indicam sua idéia fixa pela supremacia da raça ariana e a eliminação dos  ” impuros ” ;  mais ainda ,

o gozo psíquico do Parafrênico não se limita  ” ser olhado ”  ou  ” ser perseguido ” , tal como acontece com paranóicos ,

mas sim se desenvolve  ” uma ação inteligente de perseguição e extermínio de milhares de seres humanos ”  ,  donde extrai um quantum de gozo sádico .

 Portanto, deve existir membros de um grupo de fanáticos paranóicos ,

mas certamente o pior fanático é o determinado pela Parafrenia ,

pois visa de fato destruir em atos calculados  ” os impuros ” , ” os infiéis ” , enfim , todos os que não concordam com ele . –

 

Aí  sim , sem “ muito ” esforço ,  temos então …  um ponto comum entre Hitler e o nazismo – e Paulo e o cristianismo  –  em relação  ao anti semitismo .

São inúmeros os paralelos que podemos traçar , quando nossas mentes “ podem ”  raciocinar livres de patrão e das correntes do preconceito … :

 

Vamos aos  interesses hitlerianos :

o motivo para perseguir os judeus começou a ancorar-se em pressupostos biológicos .

 Assim , para Hitler , existiam três raças :

 

 

as “fundadoras” ou superiores  >  representadas pelos povos germânicos ,

as “ depositárias ” >  pelos povos eslavos ,

e as  “ destruidoras ”  ou  inferiores  >  que tinham nos judeus o exemplo paradigmático .

 

Obcecado com o ideal de pureza racial , Hitler compreendeu a História como uma permanente luta entre as diferentes raças ,

na qual a raça superior devia utilizar todos os meios necessários para manter sua pureza .

A essa visão histórica foi acrescentado o mito da “ conspiração judaica mundial ” , fortemente difundido em toda a Europa que ,

entre outras falácias , divulgou a idéia do poder econômico do povo judeu e do seu monopólio dos meios de comunicação .

Os judeus foram transformados no bode expiatório e culpados de todos os males pelos quais atravessava a Alemanha ,

fazendo com que sua eliminação se tornasse um imperativo de Estado .

Muitos ignoram que os campos de extermínio não estavam na Alemanha , mas na Europa do leste .

 

Isso visava   pou-par   os alemães do “ trabalho sujo ”  e permitia aos poloneses , ucranianos e lituanos ,

acérrimos anti-semitas de longa data , cola-borar  ativamente com o ideal nazista de aniquilação total dos judeus .

Hitler era um louco inteligente …

Nas cidades polonesas de Jedwabne , Radzilow , Wasosz e Stawinski , por exemplo ,

os moradores assassinaram milhares de ju-deus, sem nenhuma imposição dos ale-mães .

Se algum episódio exemplifica o enraizado anti-semitismo polonês , ele é a matança de judeus depois de finalizada a guerra .

O pogrom de Kielce   – 1946 – , um entre muitos , permanecerá na história polonesa como um dos maiores atos de covardia coletiva ,

no qual 42 sobreviventes do Holocausto foram assassinados pelos vizinhos . As conseqüências disto foram enormes . Vale consultar .

Por quê ? Medo destes de ter de devolver , a seus donos judeus , as casas que haviam ocupado ilegalmente .

[ –  Marta Francisca Topel :

Antropóloga e pesquisadora do Programa de Língua Hebraica , Literatura e Cultura Judaicas da Universidade de São Paulo (USP) – ]

 

Como  se constata , através da História , as religiões  e  a política do poder , sempre estiveram amalgamadas .

É fácil confundir alhos com bugalhos e bugalhos com alhos .

Se não fosse , o que seria do poder ou das religiões ?

 

 

Como seria legal que desfizéssemos estas misturas tão básicas e grotescas , tão revoltantemente anti – humanas  –

 usando o discernimento como princípio de evolução e melhoria .

O mundo anda precisando ! tanto .

O ser – humano : também.

Os deuses … com certeza … se cuidam melhor …

 

Ah … a foto … > um   Campo de afgãos refugiados  –

Vale a pena também estar a par da situação das mulheres no Afganistão , [ uma em cada quatro já tentou o suicídio ] diante da leitura fundamentalista dos textos islâmicos pelo Talibã .

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI158852-15228,00-A+VOZ+DAS+MULHERES+AFEGAS.html

 

Vale também ,  As mulheres e a religião judaico – cristã – católica , … pois é … – isto é real .

 

Talmud:

 “ A mulher é um vaso cheio de imundíces com sua boca cheia de sangue e entretanto todos a desejam ”  ( Shabbath 152 )

“ Quando nasce um menino, todos se alegram mas quando nasce uma menina todos se entristecem ”   ( Niddah 31 )

 

 

 

Que as mulheres estejam caladas nas igrejas , porque não lhes é permitido falar .

( ” São ”  Paulo )

 

 

 

“ A mulher está em sujeição por causa das leis da natureza , mas é uma escrava somente pelas leis da circunstância …

A mulher está submetida ao homem pela fraqueza de seu espírito e de seu corpo … é um ser incompleto , um tipo de homem imperfeito   [ … ]

A mulher é defeituosa e bastarda ,  pois o princípio ativo da semente masculina tende à produção de homens gerados à sua perfeita semelhança .

A geração de uma mulher resulta de defeitos no princípio ativo ”

” Santo ”   Tomás de Aquino , Summa Theologica , Q92 , art. 1 , Reply Obj. 1

 

 

 

“A mulher é uma ferramenta de Satã e um caminho para o inferno “

( ” São ”  Jerónimo )

 

 

“ Abraçar uma mulher é como abraçar um saco de esterco ”

(  ” São ”   Odo de Cluny , monge beneditino , 1030-1097  )

 

 

 … as santas mulheres que esperavam em Deus ;   eram submissas a seus maridos ,   

como Sara que obedecia a Abraão ,  chamando-o de Senhor.

 

 

O deus de Sara , mulher de Abraão , é originário de um texto denominado Antigo Testamento

do qual evoluíram o Judaísmo, o Cristianismo e o Islã  >   três religiões monoteístas ,

do     “ deus – no – céu ”  , do  “ Pai Onipotente ”   >  claramente patriarcais e misóginas em seus fundamentos .

 

 

… Lacunas existenciais …  preenchidas por dogmas religiosos que motivam a submissão de uns a

outros ou de umas a outros precisam ser esclarecidas .

Enxergar o mundo revendo o passado à luz do que acontece no presente

questionando o presente em nome do futuro significa não ficarmos presos a um pensamento único , do tipo religioso ,

que abrevia a vida e impede-nos de vislumbrá-la em todo a sua grandeza .

 

Não alimentar os medos e tomar consciência da inevitabilidade da mudança e das  contradições que nos cercam

pode ser um modo de incomodar e evitar valores cristalizados construídos  de fora para dentro que nos tornam intelectualmente preguiçosos e voluntariamente submissos .

Cláudio Travassos   – UNESP

 Religião –  Misoginia – Autonomia

 Defesa de direitos, poder e eqüidade .

 

Fontes :

 http://naturalmente.wordpress.com/2008/11/29/tiros-no-pe-ii-a-mulher-na-tradicao-judaico-crista/#comment-1320

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